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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Ministro de Dilma admite que a campanha passa “momento delicado” e está “muito difícil andar com o broche”


Por Ricardo Noblat

Leiam só o que disse, ontem, no Recife, o ministro-chefe da Secretaria da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

- Atravessamos um momento delicadíssimo da nossa campanha.

Candidato que acredita na vitória – ou mesmo aquele que não acredita – jamais admite que sua campanha atravessa um momento delicadíssimo. Isso significa que a derrota está logo ali na esquina.

Gilberto não é candidato a nada. Mas desfruta da autoridade de ministro de Estado e de secretário da presidente da República. Não é pouca coisa.

Ele não parou por aí. Afirmou:

- Plantou-se um ódio enorme em relação a nós. Eu não sei o que foi aquilo. Em São Paulo, estava muito difícil andar com o broche ou a bandeira da Dilma. Em Brasília, a cidade estava amarela, sem vermelho. O ódio tem sido construído com a gente sendo chamado de ladrão. Com frequência, a gente vem sendo chamado de um grupo de petralhas que assaltaram o governo.

Se a intenção de Gilberto foi atrair a solidariedade dos representantes de movimentos sociais que o escutavam, é possível que o efeito produzido sobre eles tenha sido outro.

Por que em São Paulo a aversão ao PT chegou ao ponto de tornar arriscada a vida de quem se exibe com o broche do partido ou a bandeira de Dilma?

Por que em Brasília, cidade de funcionários públicos, onde por duas vezes o PT governou, o vermelho simplesmente desapareceu das ruas?

Dá para pensar.

Gilberto se faz de coitadinho com o que chama de ódio contra o PT. O correto seria chamar de cansaço. Ou de decepção. Profunda.

De resto, Dilma faz um governo medíocre. A inflação voltou. E o país parou de crescer.

Quanto aos petistas serem chamados de assaltantes…

A maioria dos petistas não merece ser tratada assim. A maioria dos filiados de qualquer partido não merece ser tratada assim.

Os que roubaram e deixaram roubar, esses devem ser presos e condenados.

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